sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pilates é terapia para deficientes físicos


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Paciente de 14 anos com osteogênese imperfeita
Superar os desafios é um item permanente na agenda dos deficientes físicos. Saber os seus limites e reeducar os movimentos faz parte do dia a dia, e é isso que a atividade física faz! A prática de exercícios pelos portadores de deficiência colabora para aumentar a resistência e descobrir potencialidades. Além de estimular a autonomia e melhorar a auto-estima e a socialização.
Você conhece algum deficiente físico que faz Pilates? Ele é um grande aliado da reabilitação e pós-reabilitação em inúmeros casos de lesões, pós-cirurgias, complicações articulares e genéticas e transtornos neurológicos. Na AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente, o método Pilates é usado como terapia na prevenção, habilitação e reabilitação de crianças, adolescentes e adultos com deficiência física.
Segundo a fisioterapeuta Luciana Ruas, o Pilates é trabalhado principalmente nas crianças com Paralisia Cerebral e mal formações congênitas, além de portadores de doenças neuromusculares e lesões encefálicas adquiridas na infância. “Por se tornar uma terapia inovadora, o Pilates muda a “cara” da terapia. Faz com que se sintam inseridos na sociedade por fazerem o que os outros fazem!”, relata a instrutora.

Paciente de 23 anos com Paralisia Cerebral Hemidistonia Direita. Pratica Pilates há 1 ano na AACD.
Paciente com Paralisia Cerebral Hemidistonia Direita. Pratica Pilates há 1 ano na AACD

Luciana trabalha há 12 anos no setor de fisioterapia infantil da AACD, e viu no trabalho a oportunidade de levar qualidade de vida às crianças. Ela explica que o Pilates traz aos pacientes equilíbrioforça e flexibilidade, além de trabalhar a coordenação motora e melhorar a postura.
As limitações de movimento, os encurtamentos, os diferentes graus de tônus muscular e de fraqueza influenciam no repertório de exercícios, adaptando a terapia para cada paciente. Os movimentos de Pilates melhoram o alongamento e a mobilidade das crianças, o que ajuda no desempenho das atividades diárias.
Segundo a fisioterapeuta, a atividade é indicada para pacientes acima de oito anos, com bom entendimento para a execução dos exercícios e sem grandes limitações motoras. E as crianças adoram! “Meu maior presente é ver a alegria das crianças e dos familiares. Poder fazer a diferença na vida das crianças. Além da satisfação de trabalho e dever cumprido”.

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