A hiperpigmentação suborbital, popularmente conhecida como olheira, é um problema cosmético muito comum e uma queixa freqüente nos consultórios médicos, perdendo apenas para as rugas nas pesquisas que estudam as preocupações dos consumidores de cosméticos sobre o envelhecimento da face.
Na grande maiora das vezes as “olheiras” são multicausais e uma combinação de fatores leva à aparência final das olheiras. As causas mais comuns de olheira são hereditariedade, distúrbios do sono, estresse e tabagismo.
A genética tem um importante papel, uma vez que o escurecimento ao redor dos olhos aparece em diversos indivíduos, em plena juventude. A etnia, também tem influência neste processo e já é conhecido o fato de que indivíduos de determinadas origens étnicas apresentarem tendência de maior depósito de melanina na região suborbital, independente de outros fatores. Além disso algumas pessoas têm a pele mais fina do que os outras, o que permite que tanto a melanina, como os vasos e os músculos que se localizam abaixo dos olhos, transpareçam através da pele dessa área.
Outros dois fatores também favorecem o aumento desta hiperpigmentação com o passar do tempo: o fotoenvelhecimento e a gravidade. A medida que a pele da região da pálpebra inferior, se move para baixo, por efeito da gravidade, ela torna-se mais fina; os vasos sanguíneos aumentam, em resposta a esse adelgaçamento.
O afinamento da pele também faz com que esses vasos e que qualquer pigmento que haja na área abaixo dos olhos tornem-se mais visíveis. Qualquer trauma pode se transformar em depósito de hemossiderina, que é o pigmento resultante da degradação do sangue. A exposição à radiação ultravioleta A e o aumento da melanina na área também favorecem o escurecimento. Com o passar do tempo todos esses fatores associados contribuem para o aparecimento das olheiras.
Não existe um tratamento que seja 100% eficaz. Mas atualmente consegue se excelentes resultados, com uma técnica específica de acordo com a causa ou com uma combinação de técnicas, que é necessário na maioria dos casos, para abordar as várias causas.
Um tratamento que oferece ótimos resultados consiste no preenchimento das olheiras com Ácido Hialurônico ( Juverderm® ). Ele pode ser feito quando há um sulco ou depressão e leve flacidez na pálpebra inferior (olho fundo). O ácido hialurônico, que é uma substância biocompatível, é um preenchedor sem risco de alergias e tem uma duração média de oito meses.
No caso de hiperpigmentação com coloração azulada e congestão vascular podemos usar a luz pulsada. A Luz Intensa Pulsada é um tipo de tratamento realizado por um aparelho que utiliza a luz e pode ser uma grande arma na atenuação das olheiras. Usando-se uma faixa de luz compatível com a melanina e a hemoglobina, podemos atuar com grande eficácia nestes dois pigmentos, atingindo então, a pigmentação escura (melanina) e a azulada ou arroxeada (hemoglobina). O tratamento é simples, rápido e indolor.
Outra alternativa é a carboxiterapia, que consiste na injeção de dióxido de carbono através de uma micro agulha na região.
Existem ainda vários cosméticos com promessas de atenuação e até eliminação das olheiras, mas o passar dos tempos mostrou que a camuflagem ainda é o melhor produto para o disfarce desta hiperpigmentação. O uso dos clareadores realizado em casa pelo paciente oferece algum resultado, mas são mais lentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário